segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Edifício Oceania - O Cisne Branco da Bahia

De repente um prédio imenso de concreto começou a ser erguido entre o Largo do Farol Barra e a Avenida Oceânica, entrando numa paisagem que antes encontrava harmonia entre as antigas construções da Barra e sua mais bela fortaleza, o Farol da Barra. Foi considerado por muitos anos como o prédio residencial mais alto do norte e do nordeste. Ele está lá há quase setenta anos, chegou à capital baiana trazendo um ar de modernidade. Através do concreto armado, sacadas enormes foram construídas, numa consonância de linhas retas e curvas o grande bloco de concreto, branco e vazado foi concebido, detalhes que parecem terem sido esculpidos pela brisa da beira do mar.
Admirados por muitos e criticado por tantos outros, o edifício Oceania disputa os flashes dos turistas e moradores de Salvador com uma das edificações mais antigas da cidade, o Forte de Santo Antônio da Barra e Farol de Santo Antônio, ou simplesmente, Farol da Barra. Há séculos a fortaleza reinava absoluta na entrada da Baía de Todos de os Santos, mas um dia apareceu um adversário de peso e altura, o edifício Oceania, que a partir dos anos de 1940 atraíu a “nata” da sociedade baiana para os badalados eventos nas suas dependências, mas também pessoas que só queriam ficar do lado de fora, apenas contemplando sua beleza e o rigor geométrico característico da arquitetura art Déco.

Considerado pelas pessoas que o criticam como o “Patinho Feio” daquela região, o edifício Oceania parece mesmo deslocado do seu verdadeiro lugar, ou melhor, parece que lhe faltam vizinhos com a mesma beleza e imponência. O prédio que trouxe a modernidade e a elegância das edificações dos anos 40 do bairro de Copacabana da cidade do Rio de Janeiro, acabou sendo um exemplar solitário e abandonado na orla da capital baiana. Pode ser esse o principal motivo do estranhamento da localização do edifício Oceania. Mas querendo ou não ele já virou símbolo de Salvador, divide e até com certa harmonia o espaço dos cartões postais e dos comerciais da cidade. O “Patinho Feio” é na verdade um Cisne Branco que de longe parece flutuar nas águas da Baía de Todos os Santos.




Governo reduz IPI para móveis e prorroga para construção

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira, 25, a desoneração de impostos para o setor de móveis. De acordo com ele, a alíquota para móveis de madeira, que estava em 5%, passará para zero. Também haverá redução para zero no caso de móveis de plástico e aço que eram tributados até então em 10%. No caso de ratan, a alíquota também será zerada. Por fim, Mantega anunciou redução de 10% para zero da tributação que incidia sobre painéis de madeira. A desoneração, de acordo com ele, valerá até 31 de março de 2010.
Mantega também confirmou que os materiais de construção continuarão a ser isentos de IPI por mais seis meses. Dessa forma, o benefício que terminaria em 31 de dezembro de 2009 será prorrogado até o fim de junho de 2010. Entre os itens que serão beneficiados pela medida, o ministro citou cimento, vergalhões, argamassa, tinta, revestimentos e itens para banheiro.

A medida para o setor de móveis foi tomada, segundo Mantega, porque, apesar de o segmento mostrar recuperação dos impactos da crise financeira internacional, essa volta vem ocorrendo de forma mais lenta do que o conjunto da indústria. Um dos motivos apresentados pelo ministro para essa demora é a de que o setor depende das exportações. "As exportações ainda não se recuperaram pois o mercado externo está se recuperando muito lentamente", observou.

A ideia da medida, de acordo com Mantega, é de dar impulso ao setor, que poderá contar com preços mais baixos. "Fizemos isso para que o consumidor se anime no final do ano", disse Mantega. De acordo com ele, com a medida, o consumidor poderá não só adquirir TVs e geladeiras, mas também trocar móveis. "É o momento de dar uma melhorada nos móveis da casa", comentou.

Ao anunciar as medidas, Mantega aproveitou para cobrar de representantes do setor, que estão ao lado do ministro na coletiva, não só o repasse da redução das alíquotas, mas também uma oferta de preços. "Espero que o setor aproveite a oportunidade para fazer promoções e reduções ainda maiores do que essa. É o que funciona", disse.